16 de maio de 2013 | Alimentação, Infantil, Saúde

Pesquisa mostra que gosto Umami ajuda a combater a obesidade dos bebês

Substância que confere o quinto gosto também auxiliaria no desenvolvimento imunológico nos primeiros anos de vida

Segundo recente estudo desenvolvido pelo Monell Chemical Senses Center, da Filadélfia, Estados Unidos, o Umami – quinto gosto básico do paladar humano – estaria diretamente ligado ao controle da saciedade dos bebês. Na mesma linha de pesquisa, outra pesquisa, desenvolvida pelo médico e professor Manuel Eduardo Baldeón, da Universidade de São Francisco de Quito, Equador, defende que a substância que confere o gosto Umami, o glutamato, influenciaria significativamente no desenvolvimento imunológico dos recém-nascidos.

 

Segundo análises do Umami Information Center (UIC), entidade que divulga o gosto Umami, o glutamato é o aminoácido mais abundante no leite materno. Ou seja, o gosto Umami é um dos primeiros gostos que sentimos ao nascer. Partindo desta premissa, os cientistas do Monell Chemical Senses Center decidiram analisar de que forma o glutamato estaria ligado à saciedade dos bebês.

 

CONTROLE DA SACIEDADE

 

Para o levantamento, os estudiosos selecionaram 30 recém-nascidos, com até quatro meses de vida, que foram alimentados com três fórmulas distintas. A primeira apresentava uma concentração menor de glutamato livre. Já as outras duas, continham concentrações mais elevadas. Vale lembrar que para conferir o gosto Umami, o glutamato tem que estar na forma livre, ou seja, não pode estar ligado à proteína.

 

Os resultados mostraram que os bebês alimentados com as fórmulas ricas em substância Umami atingiam a saciedade mais rapidamente que os demais, e por isso ingeriam uma quantidade menor de alimento. Possivelmente, por este motivo, os bebês que foram amamentados por mais tempo tinham menor chance de desenvolver a obesidade durante a fase de crescimento.

 

DESENVOLVIMENTO IMUNOLÓGICO

 

Já o estudo desenvolvido pelo professor Manuel Baldeón, que deve ser publicado nos próximos meses, sugere que os bebês de mães adultas podem ter uma resistência imunológica maior do que os recém-nascidos de mães adolescentes. Isso porque o glutamato, substância que confere o gosto Umami, seria mais abundante no leite materno de mães entre 20 e 36 anos, o que teria ligação direta tanto com a formação do intestino dos bebês, como com o desenvolvimento do sistema imunológico.

 

De acordo com Baldeón, quando um microrganismo patogênico entra no nosso corpo, as células de defesa começam a combatê-lo. “E neste momento o glutamato tem um papel fundamental, pois ajuda a passar a mensagem a outras células, para que elas possam combater o micro-organismo invasor, e consequentemente interromper o seu desenvolvimento”, explica o médico, que é ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Equador.

 

O auxilio na transmissão de mensagem entre as células seria determinante na defesa do organismo e, assim, contribuiria com a eficácia do sistema imunológico. Baldeón também destaca a importância do glutamato no desenvolvimento intestinal. “Ele auxilia na divisão celular, o que é muito importante, visto que renovamos nosso intestino mais ou menos a cada cinco dias”, finaliza.

 

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