AVC: 100 mil mortes por ano no Brasil

29As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 300 mil óbitos por ano no Brasil – esse número representa uma morte a cada dois minutos. Dentre as mais frequentes estão o infarto e o AVC, sendo o AVC responsável por 100 mil mortes anualmente, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde.

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame, pode se caracterizar pelo surgimento de um quadro neurológico súbito causado por um entupimento ou pela interrupção do fluxo do sangue nas artérias do sistema nervoso central, podendo ser provocada pela formação de um coágulo. Esse, o mais comum, é chamado de isquêmico e representa 85% dos casos. Outro tipo, menos frequente, é o hemorrágico, que acontece devido ao rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. A falta ou restrição de sangue pode provocar lesão ou morte celular, assim como danos nas funções neurológicas.

O supervisor do setor de cardiologia clínica do Hospital do Coração (HCor),  Dr. Ricardo Pavanello afirma que a doença é a principal causa de incapacidade no mundo e que a incidência do AVC é maior que a do infarto em populações menos favorecidas. “Praticar atividades físicas regularmente, optar por uma alimentação balanceada, controlar o peso, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcóolicas ajuda a se manter saudável e longe do AVC”, alerta o especialista.

Sinais, causas e tratamento

Em função do alto número de registros de mortes por AVC no país, em 2012 o governo federal lançou um programa de combate à doença com foco na prevenção. “A Linha de Cuidado do AVC” foi elaborada na Rede de Atenção às Urgências, que visa investimentos na rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.

O AVC pode apresentar alguns sinais de alerta, como fraqueza ou formigamento de um lado do corpo, na face, braço ou perna, confusão ou variação na fala ou compreensão, alteração de equilíbrio e coordenação e dor de cabeça súbita, sem causa aparente. Para saber se uma pessoa está sofrendo um AVC, a World Stroke Organization (WSO), Organização Mundial de Derrame, recomenda uma avaliação que consiste em três passos simples e rápidos: basta pedir para a pessoa sorrir e observar se o sorriso está torto, depois verificar se consegue levantar os dois braços, e, finalmente, pedir para repetir uma frase e identificar se há alguma diferença na fala, se está enrolada ou arrastada. Caso alguns desses sinais sejam notados, a orientação é que se deve procurar um médico imediatamente.

Além de hábitos como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas e sedentarismo, as principais causas para o desenvolvimento de um AVC são a hipertensão arterial e a fibrilação atrial (mais conhecida como arritmia e caracterizada pelo o batimento cardíaco descompassado). Para tratar a arritmia, uma das recomendações médicas é a cardioversão (por meio de remédios ou choque) e, para a prevenção da formação de coágulos, uma das terapias que pode auxiliar o paciente é o uso do anticoagulante rivaroxabana.

Por isso o uso de novos anticoagulantes é mais eficiente, diminuindo os riscos de hemorragia. Sem essa anticoagulação adequada, pacientes com esse quadro correm o risco de complicações tromboembólicas, por exemplo, um AVC.

Um estudo publicado pelo European Heart Journal comprova que o uso da rivaroxabana é o método de anticoagulação mais seguro nesses cenários. “90% dos casos podem ser evitados. Na medida em que temos uma medicação segura, diminui-se a possibilidade de o paciente vir a ter um AVC”, reforça Pavanello.

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