Câncer infantojuvenil tem cura

crianças

Foto: Corbis

No Brasil, o câncer é a primeira causa de morte por doença entre crianças de 1 a 19 anos. Com base em dados de registros hospitalares, segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca), são estimados no país mais de 9 mil casos novos de câncer infantojuvenil por ano. Contudo, grande parte dos óbitos pode ser evitada se a moléstia for detectada logo no início, além de ser realizado o tratamento em um centro especializado. Hoje, a cada 300 adultos, um é sobrevivente do câncer infantil.

O diagnóstico

A oncopediatra Eda Manzo, da equipe de Pediatria do Hospital Amaral Carvalho, afirma que o segredo para a detecção precoce da doença está no acompanhamento pediátrico. Isso mesmo. A profissional explica que toda criança deve ser acompanhada por um pediatra desde o nascimento. “Se o médico conhece a criança e todo seu histórico, conseguirá detectar com maior facilidade qualquer anormalidade em seu estado de saúde e poderá realizar melhor um diagnóstico, diferente de um profissional que nunca consultou a criança”.

O oncologista pediátrico da instituição, Alejandro Mauricio Arancibia, vai além e ressalta que, quando se trata do câncer infantil, o pediatra é o grande elo entre o paciente e o oncologista. “Ele é o assessor direto com o centro de oncologia. Se a criança não tem um pediatra e toda vez que apresentar um novo sintoma for consultada por um profissional diferente, as chances de diagnóstico precoce vão diminuindo. Um dia a mãe leva o filho a um posto, no outro em um pronto socorro, enfim, cada médico vai tentar um tratamento de primeira linha e o paciente vai passar várias vezes por tratamentos desse tipo antes de se pensar na possibilidade de um câncer”, diz.

Uma das médicas mais antigas da Pediatria do HAC, a hematologista e oncologista clínica, Claudia Teresa de Oliveira relata que, outro fator que dificulta a detecção do câncer infantil em estágio inicial é que os primeiros sintomas da doença são, em boa parte dos casos, comuns aos de outras. “Hoje em dia, o pediatra tem que ter em mente que tumor é mais comum do que antigamente. É claro que não se deve generalizar e suspeitar de câncer a princípio, mas se os sintomas persistirem ao tratamento aplicado é melhor começar a pensar em problema oncológico.”

Experiente na área pediátrica, Eda adianta que é importante ouvir os pais. “Valorizar as queixas dos pais é um grande passo para agilizar a detecção de qualquer doença, porque eles conhecem a criança. Uma coisa que para o pediatra pode parecer normal, uma mãe sabe que pode não ser”, conta.

Predisposição

Claudia salienta que o câncer infantojuvenil — que se divide em diferentes tipos (veja quadro), não tem causa determinante. Trata-se de maior predisposição para desenvolver a doença. “São poucos os tumores infantis possíveis de prevenir, como é o caso do câncer de mama, por exemplo. Há formas de prevenção para o futuro: alimentação balanceada e hábitos saudáveis, entre outros, mas raramente ligadas ao câncer na infância.”

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