Doenças de Inverno: Como se proteger dos males da estação

gripada

Foto: Corbis

Com a chegada do inverno e a consequente queda de temperatura, está dada a largada para a temporada de tosses, espirros e corrimentos nasais, entre outros sintomas desagradáveis das chamadas “doenças de inverno“. Esses males que atacam as pessoas com maior freqüência nos meses mais frios do ano resultam nas conhecidas enfermidades respiratórias tais como gripe, resfriado e pneumonia. Os casos alérgicos também se agravam nessa época do ano.

Segundo dados da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia -, cerca de 30% da população possui algum tipo de alergia. A cada ano, só os casos de asma, doença que acomete 10% da população brasileira, são responsáveis por 400 mil internações, 2 mil óbitos e um grande volume de atendimentos ambulatoriais, que resultam em faltas no trabalho e na escola. As rinites também têm alta incidência e acabam agravando as crises de asma. A asma também é a mais comum na infância, atingindo cerca de 40% da população pediátrica.

Ainda que as complicações das “doenças de inverno” sejam mais frequentes em crianças e idosos, todos os indivíduos precisam se prevenir. Atualmente, as pessoas já tomam alguns cuidados para evitar contaminações que podem resultar em doenças. Medidas como a higienização das mãos, lavando-as com água e sabonete ou com álcool, e evitar ambientes fechados onde há a aglomeração de pessoas são atitudes de precaução que se popularizaram mais recentemente, com a epidemia da gripe H1N1.

Mas o que mais se pode fazer para evitar esses males? O Dr. Artur Timerman, chefe do setor de Infectologia do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, explica que as doenças de transmissão respiratória, próprias do inverno, são inerentes à convivência sociais e, por consequência, muitas vezes inevitáveis. “Adotar uma alimentação adequada é importante durante todo o ano, mas, nessa época, é fundamental optar por uma dieta variada que fortaleça o sistema imunológico, rica em frutas, verduras, legumes e carnes (magras), além de leite e seus derivados, como iogurtes e leites fermentados, especialmente os enriquecidos com bactérias probióticas”, orienta o especialista.

Quando o sistema imunológico atua de forma adequada, com cada célula exercendo sua função plenamente, os ataques externos não são percebidos. O frio somado à baixa umidade do ar, a uma maior concentração dos poluentes e a ambientes fechados são condições ideais para a manifestação das “doenças de inverno”. “As condições do sistema imunológico têm ação direta na gravidade das doenças. Se o corpo não está preparado, o surgimento de quadros infecciosos acaba sendo inevitável, mas com o organismo fortalecido, as chances de a pessoa ficar doente e desenvolver gripe ou alguma infecção diminuem consideravelmente”, explica o Dr. Timerman.

Os cuidados com a flora intestinal e as mucosas

De acordo com o Dr. Timerman, manter a flora intestinal em equilíbrio é um passo importante para fortalecer o sistema imunológico. A todo tempo, nosso organismo é agredido por agentes externos como parasitas, bactérias, fungos e vírus, que travam uma verdadeira batalha com nosso complexo sistema de defesa. A partir de então, ficamos sujeitos ao desenvolvimento de quadros clínicos como gripes, resfriados e diversos males de inverno. Daí, a importância de cuidar melhor das defesas imunológicas nesta época do ano.

Grande parte das células de defesa está localizada nas mucosas, principalmente do intestino e das vias aéreas superiores, que são as regiões mais sujeitas à invasão de agentes externos. O intestino é o maior órgão de contato com o ambiente externo – tem uma área estimada de 200 m2 – e é responsável por 70% das defesas do organismo.

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