Especialista dá dicas de como escolher o adoçante adequado

O uso de adoçantes tem crescido no Brasil. Antes usado apenas por consumidores com diabetes, hoje o produto é consumido por pessoas preocupadas com a saúde e que buscam a manutenção do peso.

Assim com o crescimento nas vendas, houve também o crescimento de possibilidades que são encontradas nos supermercados. Produtos a base de ciclamato, sucralose, acessulfame-k, esteviosídeo, sacarina e aspartame são algumas das opções, de adoçantes, podendo confundir o consumidor na decisão de compra. “Apesar de todos os adoçantes terem o mesmo objetivo, que é substituir o açúcar, cada tipo de adoçante tem sua peculiaridade. Por isso é importante que o consumidor tenha conhecimento para que escolha o adoçante que mais se adapte ao seu estilo de vida e paladar”, ressalta a nutricionista do HCor – Hospital do Coração, Camila Torreglosa.

O adoçante é sintetizado a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais, responsáveis pelo sabor adocicado provenientes de matérias-primas como aminoácidos, produtos sintéticos e derivados da cana. “Um dos grandes benefícios é o poder de conferir o sabor doce aos alimentos sem fornecer calorias, principalmente quando comparado ao açúcar, que tem 4 calorias por grama. Ele pode ser utilizado como um aliado no tratamento da obesidade, contudo é preciso também uma mudança nos hábitos alimentares e a prática de esporte”, destaca Camila.

O uso de alguns tipo de adoçantes, em especial os artificiais, geram polêmicas. Há quem diga que eles podem causar diversos tipos de problemas, como o câncer. “Não existem evidências científicas conclusivas sobre os malefícios do uso do adoçante, mas é preciso respeitar o limite de consumo diário”, destaca Camila.

Quando se trata de ingestão diária segura, a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) propõe juntamente com outros órgãos de saúde um valor de ingestão diária aceitável para cada tipo de adoçante. A maioria dos adoçantes podem ser consumidos sem grandes restrições, e devemos apenas prestar atenção a sacarina e ciclamato de sódio. Por exemplo, uma pessoa que pesa 60Kg conseguimos alcançar facilmente a recomendação diária de ciclamato e sacarina consumindo cerca de 3 latas de refrigerante ou suco diet/light que contém estes adoçantes.

Gestantes, lactentes, crianças e pessoas com restrições alimentares precisam de orientação médica para a escolha do adoçante ideal. Pessoas com hipertensão arterial, que precisam controlar o consumo de sódio, devem utilizar com cuidado adoçantes como o ciclamato ou a sacarina, que possuem altos níveis deste mineral em sua composição. “Hoje no Brasil temos também alguns produtos que misturam o açúcar ao adoçante, então é importante que o consumidor faça a leitura do rótulo do produto para que encontre o produto que vá atender as suas necessidades”, conclui Camila.

Adoçantes naturais

Frutose: Extraído de frutas e do mel é mais doce que o açúcar, contém grande quantidade de calorias e eleva os níveis de açúcar no sangue, não sendo indicado para diabéticos e para dietas de restrição calórica;

Esteviosídeo: Extraído de uma planta nativa da América do Sul (stevia rebaudiana) tem um sabor próximo ao açúcar, não possui calorias e não altera os níveis de açúcar no sangue;

Sorbitol: É encontrado em algumas frutas, como a maçã e a ameixa, e em algas marinhas. Possui valor calórico e não é recomendado para diabéticos. É mais utilizado em chicletes, balas e biscoitos. Tem ação laxativa;

Adoçantes artificiais

Aspartame: Tem grande poder adoçante (200 vezes superior ao açúcar). Não contém calorias e seu uso é permitido para diabéticos.

Sacarina: Criada em 1879, ela é sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, derivado do petróleo. Deixa um sabor residual amargoso e metálico, mas não contém calorias e pode ser usada por diabéticos. Por conter sódio, é contraindicada para hipertensos.

Ciclamato de sódio: Provém do ácido ciclo hexano sulfâmico, derivado do petróleo. Assim como a sacarina, não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, mas também é contraindicado para hipertensos. É encontrado em refrigerantes zero e adoçantes.

Sucralose: É extraído da cana de açúcar e modificado para não ser absorvido pelo organismo humano. Tem um sabor similar ao do açúcar, não contém calorias, não causa cáries, não eleva a glicemia, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e hipertensos. É vendido como produto adoçante e está presente em alimentos de baixa caloria.

Acessulfame K: É isento de calorias, pois não é metabolizado pelo corpo, sendo excretado inteiramente na urina. Possui poder adoçante duzentas vezes maior que o açúcar e suporta altas temperaturas. No entanto apresenta sabor residual amargo, por isso é utilizado pela indústria combinado ao aspartame ou ciclamato de sódio.

Vida Equilíbrio

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