HCor reduz dores crônicas em pacientes com aplicação de técnica inovadora

dor_cronica_vida_equilibrioUm dos maiores desafios da medicina atualmente é a busca por tratamentos não-invasivos, que possibilitem uma recuperação mais rápida e efetiva do paciente. Neste cenário, o tratamento com “ondas de choque” desponta como uma alternativa promissora para combater dores crônicas. “As ondas de choque normalizam a circulação sanguínea e estimulam as células presentes em regiões debilitadas do organismo, fazendo com que elas voltem a se reproduzir de maneira saudável. Assim, inicia-se um processo de revitalização e regeneração dos tecidos tratados, evitando o uso de medicamentos e procedimentos invasivos”, explica o fisiatra do Hospital do Coração (HCor), Dr. Gilson Shinzato, que se dedica de modo integral à técnica há seis anos.

Por mais incapacitantes e persistentes que sejam as dores, a grande maioria dos pacientes já observa algum alívio na aplicação inicial, e obtém a cura até a terceira sessão de tratamento. Em alguns casos com muitas áreas inflamadas são necessárias mais sessões.
O tratamento é realizado com um equipamento de pequenas dimensões (similar a um ultrassom) em uma sala comum, e a aplicação é feita através da pele, utilizando-se gel comum. A intensidade das ondas é aumentada delicadamente e gradualmente, de acordo com a tolerância do paciente. “As ondas promovem uma inibição das fibras nervosas finas que conduzem a dor, promovendo uma sensação de alívio em poucos minutos, não sendo necessária nenhuma anestesia”, destaca Dr Shinzato. O paciente é liberado com recomendação de repouso nos primeiros dias para aproveitar o efeito anti-inflamatório e regenerativo máximo que ocorre nas primeiras 48 horas. As sessões se repetem com intervalos semanais ou quinzenais.

Tecnologia de ponta

O sistema utilizado no HCor é considerado o mais versátil no mercado mundial e oferece tratamento abrangente através de dois tipos de ondas de choque: as focais e as radiais. As ondas de choque focais possuem maior energia, atingem tecidos mais profundos e são utilizadas para tratar problemas como tendinites com calcificações, fascites, inflamações nas inserções tendíneas (entesites), pontos-gatilho de dor miofascial mais profundos, além de retardo de consolidação em fraturas. O sistema gerador de ondas focais utilizado é o eletromagnético, que permite uma delicada graduação de energia.
As ondas de choque radiais são geradas por mecanismo pneumático, e têm sua excelência nos tecidos mais superficiais como a pele, as inserções de tendões e tecidos musculares de menor profundidade.

O alívio da dor crônica: vencendo a barreira da inflamação

A dor se torna crônica após alguma lesão ou degeneração tecidual quando há alguma dificuldade no processo natural de regeneração, não ocorrendo a cura espontânea. É comum o atendimento de pacientes com dores muito crônicas em várias regiões do corpo, que não responderam aos tratamentos convencionais. “Só quando se tratam completamente os quadros inflamatórios dos tendões e das articulações é que as dores musculares se resolvem, pois são consequência de uma reação de defesa do organismo ao redor das áreas inflamadas”, afirma o fisiatra do HCor.

Como funcionam as ondas de choque

Ondas de choque são ondas sonoras (também denominadas acústicas) de alta energia, velocidade e pressão, geradas por fenômenos naturais (como os trovões) ou por explosões e máquinas. Seus efeitos sobre o corpo humano foram observados na Segunda Guerra Mundial, porém sua primeira aplicação médica ocorreu somente em 1980, com a fragmentação de pedras renais.
Observou-se a seguir que estas ondas podiam curar dores e inflamações crônicas nos tendões, bolsas sinoviais e músculos, além de estimular a consolidação de fraturas.
Os efeitos das ondas de choque foram muito estudados, e são baseados na produção do óxido nítrico, que é uma substância que estimula o surgimento de vasos sanguíneos, e também no estímulo das células-tronco e outras células que regeneram os tecidos.

Estudos recentes em outros países levaram ao uso destas ondas para a cicatrização de feridas de pele e surpreendentemente para o aumento de irrigação do miocárdio nos pacientes que esgotaram as possibilidades de revascularização. Estas aplicações ainda estão em fase de pesquisa em nosso país.

Contraindicações

Existem condições e tecidos que não devem receber ondas de choque sob o risco de danos. Evita-se a aplicação sobre o tecido pulmonar, medula espinhal, vasos, nervos, cartilagem de crescimento, vísceras e órgãos abdominais, em pacientes grávidas e portadores de marca-passos, em tromboses e estados de anticoagulação ou distúrbio hemorrágico, e em regiões submetidas à infiltração com corticosteróide num prazo de 6 semanas. Também não há benefício em quadros agudos inflamatórios e reumáticos, que devem ser controlados primeiramente e tratados depois. Pacientes oncológicos devem estar tratados e controlados, evitando-se a aplicação em área de tumores ou metástases.

Buscar a cura sem agressão

O fisiatra do HCor ressalta que a técnica mudou a vida dos seus pacientes e o seu modo de pensar e tratar a dor. “Estamos vivenciando uma nova era da Medicina, que deve se tornar menos invasiva, preservar o paciente da agressão e dos efeitos colaterais, e utilizar cada vez mais o potencial de cura e regeneração presente em todos nós ao longo de toda a vida”, finaliza.

Redação Vida Equilíbrio

Vida Equilíbrio

Vida Equilíbrio

Quando em excesso, qualquer coisa faz mal. Por isso sempre dizemos que equilíbrio é a palavra chave. Nós, do Vida Equilíbrio, queremos informar a melhor maneira de atingir o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dicas de saúde e bem-estar estão aqui para te ajudar a levar uma vida mais equilibrada e feliz.

Leave a Comment