Mudança na dieta pode amenizar sintomas da Síndrome do Intestino Irritável

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Dor abdominal, barriga inchada, diarreias frequentes alternadas com períodos de constipação e gases são alguns dos principais sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII). O distúrbio, sem causa conhecida, atinge cerca de 20% da população, principalmente do sexo feminino.

Apesar de ser uma doença benigna, a SII é crônica e requer cuidados específicos para amenizar os sintomas. “A orientação dietética constitui importante medida no tratamento da SII, visto que certos alimentos em particular podem estar associados a piora dos sintomas”, explica o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger. Mudanças simples na dieta podem proporcionar alívio da síndrome. “Embora o organismo não responda imediatamente a essas mudanças, o objetivo é encontrar solução em longo prazo, e não temporária”, acrescenta.

Como a sensibilidade a determinado alimento é individual, é indicada a adoção da dieta de exclusão. A retirada de um alimento suspeito no dia a dia do paciente deve ser observada. Com o alívio dos sintomas da SII o indivíduo passa a evitar o consumo daquele nutriente. Porém, o especialista alerta que, de forma geral, algumas comidas parecem ser mais agressivas aos portadores da Síndrome do Intestino Irritável e devem ser evitadas. São elas:

• Leite e alguns derivados, como queijos cremosos e requeijão.
• Alimentos com cafeína: chá preto, chá mate, chá verde, café, achocolatado, refrigerantes.
• Frutas cítricas e/ou ácidas, como laranja, limão, abacaxi e maracujá.
• Condimentos e especiarias: canela, pimenta, alho, cebola.
• Alimentos com glúten: pão, macarrão, bolo, biscoito.
• Alimentos ricos em sacarose: açúcar e doces.
• Alimentos muito gordurosos: frituras, amendoim, queijos amarelos.
• Carne de porco.
• Alimentos que estimulam a formação de gases: lentilhas, feijão, ervilha, milho.

Nos casos de SII com predomínio de constipação intestinal o aumento de ingestão de fibras vegetais pode amenizar o sintoma. Contudo, pacientes que apresentam dor ou distensão abdominal podem apresentar piora do quadro ao aumentar a ingestão de fibras. “O importante é sempre avaliar a tolerância individual de cada pessoa”, ressalta Berger.