Saiba como a diabete afeta a gravidez

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Foto: SXC

Na gravidez o corpo da mulher sofre por inúmeras modificações, entre elas as hormonais, que podem trazer algumas disfunções para o organismo, como é o caso do diabete gestacional. A diabete gestacional é uma condição de intolerância aos carboidratos, com graus de intensidade variados. Sua principal característica é o início ou detecção durante a gravidez, podendo ou não persistir após o parto, quando se deve fazer nova avaliação.

Segundo o dr. Alex Leite, endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz, a glândula endócrina localizada no pâncreas, responsável pela produção de insulina, tem como função controlar a quantidade de açúcar no sangue. “Devido às mudanças que ocorrem no organismo da gestante, alguns hormônios podem prejudicar a ação da insulina, dificultando a entrada de glicose nas células, o corpo compensa este desequilíbrio aumentando a fabricação de insulina, mas quando há uma diminuição desta produção, eleva-se a taxa de açúcar sanguíneo e surge à diabete gestacional”, afirma o especialista.

Nas primeiras consultas do pré-natal, a gestante será submetida a um exame de sangue, e nele será feita a medição da glicemia de jejum. Se o médico considerar o resultado alterado, pode pedir um novo exame, o teste de tolerância à glicose, em que você tem de tomar um líquido doce e uma hora depois colher sangue para dosar a glicemia. No caso de o primeiro resultado ser normal, mas o obstetra considerar que seu risco de ter diabete gestacional é mais elevado, ele pode pedir um novo exame de glicemia de jejum na segunda metade da gravidez.

O principal problema do excesso de açúcar no sangue é que ele atravessa a placenta e chega ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça demais. Um bebê muito grande pode dificultar o parto, além de aumentar a probabilidade da gestante precisar de uma cesariana. “O recém-nascido fica mais propenso a ter icterícia e hipoglicemia após o parto, e a apresentar problemas respiratórios e o volume de liquido amniótico também pode aumentar demais”, diz o endocrinologista dr. Alex Leite.

Quando a mulher já era diabética antes da gravidez, há um risco maior de o bebê apresentar problemas de saúde, especialmente se a diabete pré-gestacional não estava sendo controlada. “Um dos motivos para a recomendação de as mulheres se submeterem a novo exame de glicemia de jejum cerca de um mês e meio depois do parto é que pode acontecer de só descobrir que é diabética nos exames do pré-natal”, afirma dr. Alex Leite.

Para algumas mulheres, se a diabete gestacional for considerada grave e não responder apenas ao controle pela alimentação e pelas atividades físicas, os médicos podem prescrever injeções de insulina. “A gestante poderá aplicar a injeção sozinha , a agulha é bem pequena, de qualquer maneira, precisando ou não de insulina, é importante ter um acompanhamento mais frequente da gestação, com a realização de mais ultra-sons para verificar o crescimento do bebê e o volume de líquido amniótico”,finaliza o endocrinologista.

Fatores de Risco

  • Idade materna superior a 25 anos;
  • Baixa estatura;
  • Presença de hipertensão arterial;
  • Gordura de localização abdominal;
  • Presença de parentes de 1º grau com diabete;
  • Gestações anteriores com bebês muito grandes ou com má-formação;
  • Aumento excessivo de peso na gravidez atual;
  • Altura uterina maior do que a esperada para a idade da gestação;
  • Crescimento acentuado do feto;
  • Presença de grande quantidade de líquido amniótico.
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