Hemorróidas podem esconder câncer de reto

Uma das mais frequentes e desconfortáveis desordens que ocorrem no organismo, a hemorróida atinge de 30 a 40% da população adulta e para alguns indivíduos chega a ser um constrangimento. Para o médico Cirurgião Geral Bráulio Lessa, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, o problema costuma ser sério e pode esconder uma gravidade como o câncer de reto, e por isso, a patologia requer pronto diagnóstico.

Hemorróida é uma veia alterada que ocorre dentro ou em volta do ânus e do reto. Existem dois tipos: a externa e a interna. No primeiro caso ela é visível e pode ocorrer a trombose hemorroidária, com a formação de um coágulo dentro da veia, acompanhada de um processo inflamatório com inchaço, dor local intensa e às vezes pode ocorrer coceira anal. Já a hemorróida interna apresenta incômodos e dores, nos casos mais graves, onde as veias ficam permanentemente prolapsadas e exteriorizadas e não retornam para o interior do reto, podendo até apresentar sangramento.

A principal causa é a má circulação local, prisão de ventre, esforço repetido para evacuar. A pressão do feto na pelve durante a gravidez, obesidade e excesso de toxinas que se instalam na área do ânus. Também pode acometer os indivíduos que se cobram muito, perfeccionistas e que trabalham sob pressão.

Entre os principais sintomas estão sangramento anal após as evacuações; dores, muitas vezes insuportáveis; incômodo local; dificuldades para andar e sentar.

O diagnóstico é feito a partir de relatos do paciente e de exames da região anal, que avaliarão o tipo de hemorróida e descartarão a existência de neoplasia. Para os pacientes acima de 50 anos e com fatores de risco para o câncer colo-retal, deverá ser realizada a colonoscopia.

Os tratamentos para as hemorróidas internas até o segundo grau podem ser feitos de diversas formas por fotocoagulação, onde as hemorróidas são necrosadas e diminuem de tamanho por meio de laser; criocauterização, um processo realizado com aplicação de gelo; escleroterapia onde há injeção de substâncias esclerosantes; ligadura elástica, onde se aplicam elásticos em torno das hemorróidas provocando isquemia e necrose. Já as hemorróidas externas e nas internas de terceiro e quarto graus o tratamento deverá ser cirúrgico.

Pode-se prevenir a hemorróida com mudança alimentar, incluir no cardápio fibras, que auxiliam no funcionamento dos intestinos evitando o acúmulo de fezes; beber bastante água; evitar certos alimentos como pimenta e açúcar; evitar a constipação intestinal; fazer exercícios regulares – 20 minutos diários de caminhada ajudam a função intestinal e descansar bastante após um dia de trabalho.

“O paciente com hemorróidas deve ficar atento, pois o câncer colo-retal e anal pode passar despercebido, já que apresentam os mesmos sintomas da doença hemorroidária. Daí a necessidade de ser feita avaliação médica diante de qualquer sintoma”, alerta o médico.

Também é importante lembrar que todo paciente com mais de 50 anos que apresente sangramento anal precisa procurar um cirurgião do aparelho digestivo para afastar a possibilidade de câncer do colon, reto e anus.

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1 Comentário

  • sebastião sjoeberg
    13 de janeiro de 2011 em 20:53

    estou com problemas de emoroida a minha emoroida interna . tenho 42 anos de idade e gostaria de saber se a dificuldade de urinar esta relaçionado com o meu problema na maioria das veses quando me ataca o meu corpo aquese muito , e sinto uma ardensia abdominal , geralmente quando vou evacuar sinto ardesia no onus e é só em um luvar.comer carna tem alguma relação com a emoroida.

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