Hiperidrose: Qual a melhor forma de tratar essa doença?

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Quem não se incomoda com aquela macha de suor na camiseta, ou aquela sensação de umidade debaixo dos braços? Incômodo maior é para aquelas pessoas que mesmo em dias mais frios suam excessivamente, não somente nas axilas, mas também nas palmas das mãos, nos pés e na face. A hiperidrose é uma doença caracterizada por essa transpiração excessiva generalizada ou localizada, mas felizmente ela pode ser tratada.

Não é difícil ver algumas pessoas que se privam do aperto de mão ou do abraço e, muitas vezes, se vêem obrigadas a trocar de blusa ao longo do dia. “No verão então, as queixas se tornam muito piores. Sem contar os acidentes que podem ocorrer com as pessoas que suam muito nos pés. As mulheres, principalmente, que usam salto alto, podem escorregar com facilidade por conta da doença, e assim, os acidentes menos prováveis acontecem”, diz a dermatologista Dra. Silvia Zimbres.

Os sintomas geralmente começam na adolescência ou até mesmo antes. A produção de suor pode ser até 40 vezes maior que a taxa normal e estima-se que até 3% da população sofra desse problema, muitas vezes afetando diretamente sua vida social. “Cerca de 50% dos meus pacientes relatam sentir-se deprimidos e com baixa auto-estima, mas o tratamento é capaz de melhorar, e muito, a qualidade de vida de cada um”, afirma Dra. Silvia.

Após avaliar o grau da sudorese, o especialista pode indicar o melhor tratamento pra cada caso. Entre os procedimentos com maior taxa de sucesso, estão a cirurgia de simpatectomia do gânglio torácico (indicada para casos de hiperidrose generalizada) e a aplicação de toxina botulínica – BOTOX (para casos de hiperidrose localizada).

A indicação da cirurgia deve ser feita com muita cautela, pois como todo procedimento cirúrgico, envolve riscos. Após essa cirurgia, até 90% dos pacientes passam a apresentar transpiração compensatória em outras regiões. Já a aplicação de toxina botulínica é a mais indicada, pois é aplicada somente no local necessário e a hiperidrose não migra para outras partes do corpo.

“Esse procedimento é delicado e deve ser realizado por um especialista com conhecimentos na área, lembrando sempre a importância de pesquisar sobre o médico”, conclui a dermatologista.